“No homem a experiência deriva da memória. De fato, muitas recordações do mesmo objeto chegam a constituir uma experiência única.” (Aristóteles)*.
As próprias percepções possuem memórias: Memória gustativa, olfativa, tátil, visual e auditiva. Todas as experiências são memórias. Mas quando as experiências do passado criam juízos que atrapalham as nossas percepções inéditas? Em que momento esses mesmos juízos ajudam-nos a compreender melhor o nosso entorno?
De um lado, encontro o corpo que se manifesta no hábito dentro do mundo conhecido - são os movimentos e espaços meus que tendem da trivialidade à banalidade. Noutro está o meu lado humano, artista e bailarino que necessita degustar o que o presente tem a me oferecer e acrescentar. Uma dualidade instigante onde a própria experiência fresca é a mesma que cria os pré-conceitos do amanhã.
Yiuki Doi
* Trecho retirado do capítulo "Sapiência é o conhecimento de causas" do livro Metafísica II de Aristóteles
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