“Toda rigidez muscular contém história e a significação da sua origem. Quando ela é dissolvida, não só a energia é liberada… mas também traz a memória da própria situação infantil em que o recalque se deu” (Wilhelm Reich)
des, semana passada li o livro “O Corpo Tem suas Razões – Antiginásticas e consciência de si” da autora Thérèse Bertherat indicado pela dupla Gisele Onuki & Cinthia Andrade na disciplina Abordagens e Análise da Dança no 1º ano da FAP. Esse livro me ajudou a revisitar várias memórias do meu corpo. Nessas recordações, percebi que muitos deles ficaram registrados nos meus músculos: padrões de posturas, tensões musculares, padrões de movimentos, etc.
No nosso laboratório, a memória do músculo ajudou a acionar sensações que disparam o meu movimento. Sinto que as lembranças particulares, que advém junto ao meu dançar, estão conectados a esses acessos musculares - mas que essas histórias particulares podem ficar guardadas para mim. Interessa-me compartilhar com o público os movimentos oriundos dessas marcas que ficaram no meu corpo.
Dessa maneira, desapego/liberto das minhas lembranças particulares, mas apego-me a capacidade de memorizar do meu corpo, essa que pode ser atualizada, modificada, expandida, exagerada, minimizada e recriada durante os laboratórios de criação. Nesse processo, gostaria até de mimetizar os movimentos dos outros, as marcas dos outros, a fim de transformá-los em minhas memórias musculares e particulares.
Yiuki
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