Espaço de discussão e reflexão sobre a MEMÓRIA/TEMPO na construção do espetáculo de dança contemporânea "INPUT" da desCompanhia de dança. O projeto foi contemplado pelo Edital de Dança de Produção da Fundação Cultural de Curitiba e será estreado no dia 05 de Junho de 2014 no Teatro Kraide do Portão Cultural em Curitiba. Para maiores informações sobre a cia favor acessar o nosso blog www.descompanhia.blogspot.com

terça-feira, 25 de março de 2014

Memórias de processo com Tuca Pinheiro

Corpo em X. Desconforto nas articulações coxo-femurais. Partes protagonistas do corpo. Criação de novas memórias para o corpo. Descoberta de novas tragetórias. Não fixar em nenhuma forma. Abrir frestas para o desconhecido. Rituais africanos de candomblé. Colunas de mulheres negras. Inconsciente coletivo. Memória coletiva. Memória nacional. O que seria um corpo sem memória? Virei uma ameba. Alívio e pavor ao mesmo tempo. Paradoxo. Tempo. Discussões sobre o tempo do trabalho. Existe o tempo dos materiais, o tempo da cena e o tempo da obra. Estou no caos. Começamos o processo às avessas do que geralmente fazíamos, do coletivo para o individual. Sentimento bom. Qual é o corpo deste trabalho? O mais importante é o estado encontrado, não as formas. Parece uma dança em uníssono. Como resgatar estes estados? O espaço vai ficando impregnado da memória do movimento. A importância da permanência e da insistência. É preciso que a máscara esteja integrada ao tônus do resto do corpo. Estar presente na ação. CriAÇÃO. Nem razão, nem emoção: ação. Não é necessário negar nosso repertório, o mais interessante é a nossa capacidade de realocar aquilo que já sabemos. Memória física, utilitária, sócio-política e fictícia dos objetos. O redimensionamento do pacotinho de presente. Dar sentido ao movimento que nasce da pesquisa ao invés de buscar um movimento para determinado sentido. Vou jogar meu corpo na cama! O que a des busca hoje? Estamos dispostos a escancarar mais o que pensamos e sentimos: pela obra, pelo processo artístico? Sair da zona de conforto. Agitar aquilo que está acomodado. Respirar pelo nariz e soltar pela boca. Esparramar. O corpo em queda livre. Subir pelos olhos. A MEMÓRIA É UMA AVALANCHE. Existem diferentes naturezas de memória. Temos que entender melhor os processos da memória para pode selecionar o que realmente interessa. Eu que movo o espaço ou o espaço que me move? Fita de moébius. Encaixes e rotações de úmeros e fêmurs. Se eu fecho os olhos o que eu lembro do Peter: camiseta preta desbotada escrito game over, calça roxa, brinco de lagartixa, pintas no rosto, anel na mão esquerda (ops, memória de outra memória), touro, perdeu a virgindade aos 23, Campo Magro, relação com duas mulheres, … Entrar em todos os buracos possíveis. Yiuki chorando. Mulheres presentes. Aniversário do Tuca. Documentário de arte contemporânea e sua relação com o corpo. memória de uma música, produção de sons. Falhas. Ficções. Caminhando ininterruptamente pelo espaço. O QUE É UM CORPO SEM MEMÓRIAS? A história da boina vermelha. Dor no nervo ísquiotibial. Mãos que abrem espaços no meu corpo. Cuidado com as palavras. Ter mais certezas. Compartilhar a obra com o público. Sentimento bom. A memória dos movimentos. Caos. Transe. Corpo. Tempo. Ação. Palavra. Fresta. Não dá para dar conta de tudo.

Um comentário:

  1. não dá para dar conta de tudo. Terminou bem o texto em Juli... nossa senti dentro de um ciclone/furacão/buraco negro. com todas essas informações que tal fazermos como JACK... ir por partes e aproveitar todas.

    bjjj

    ResponderExcluir